O Rio Grande do Sul, que só chegou na 100ª morte há oito dias, ultraou o Paraná logo depois e já soma 151 óbitos, um crescimento de 51% em pouco mais da metade do tempo que o Paraná cresceu 30%. r5b25
O estudo do departamento de estatística da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com a vigilância epidemiológico do Hospital de Clínicas de Curitiba mostra que a taxa de reprodução do coronavírus no Paraná segue em declínio desde o dia 1º de maio, estando, hoje, abaixo do índice 1, o que indica que uma pessoa infectada gera menos que uma nova contaminação, reforçando o crescimento lento no número de óbitos por Covid-19 no estado.
“Eu não me engano com esses números, não. O que temos é sempre uma fotografia do momento. Um aumento de 30%, para mim, é significativo. Podem falar que tivemos poucos óbitos no Paraná em relação a outros estados, mas são 130 vidas perdidas, são 130 famílias arrebatadas, comunidades inteiras sentindo a morte dessas pessoas. Tiramos uma nova fotografia todos os dias e, assim, vamos decidindo o que fazer, nos reunindo diariamente com o governador”, comentou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Ele reconheceu que a incidência de casos confirmados deve aumentar no estado nos próximos dias, com a disponibilização de mais testes para a doença e a ampliação da recomendação para a realização de testes. “Vamos testar mais, o número de casos confirmados pode aumentar, mas vamos conseguir fazer um rastreio melhor, identificar os casos assintomáticos, isolar e bloquear, conseguindo controlar a circulação do vírus em algumas regiões”.
O secretário cita que, apesar de em menor velocidade do que em outros estados, o vírus segue se disseminando no estado. “Estamos entrando em uma zona de alerta maior, temos situações que fogem da curva, como na regional de Maringá, ou lá na 14ª Regional de Saúde (Paranavaí) relacionada à atividade frigorífica. Estamos ando por uma grande estiagem e a alta incidência no Amazonas e Pará indica uma relação da circulação do vírus com a umidade, quando voltar a chover, podemos ter problemas. Além disso, tem a chegada do inverno. Temos que ter tranquilidade, estudar os números todos os dias e continuar avançando nos controles”, diz.
“Não estamos numa ascendência clara, mas o número de casos segue aumentando. Tivemos filas na Caixa Econômica Federal, para sacar o benefício do governo federal, movimento do comércio e deslocamento de pessoas no Dia das Mães, tivemos o pagamento dos aposentados, que gerou, além das filas em bancos, grande volume de idosos circulando no transporte coletivo. Temos dias duros pela frente, que precisamos vencer”, conclui.
Confira a evolução dos casos de coronavírus no Paraná.
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